terça-feira, 14 de maio de 2013

simples
singelo
belo
um poema
a vida
e o rio.

14 de maio de 2013

sábado, 17 de março de 2012

...

E como vão as coisas? Pergunta ele para ela. Ela diz que tudo bem. (...). Ficam sem se falar, aqueles momentos em que não se encontra o assunto certo... ambos pensando no que dizer e a conversa continua sem continuar. Não ia ele ou ela falar que estava frio ou quente, preferível a mudez a dizer estas coisas...
Estranho, eram tão próximos um tempo atrás e agora o silêncio entre eles... será o que se passou? Ele agora se pergunta. Talvez tenha sido o tempo, esse inexplicável que às vezes nos bate na porta da frente e inesperadamente muda os formatos, os jeitos, o conteúdo, as maneiras de lidarmos com o outro, de gostarmos do outro. Divertíamos tanto, porque não temos assunto? Interrogava ela. Pode ser que tenha escolhido viver outras coisas, muito distantes do que faziam juntos, e agora parece ele mais um estranho a mesa.
Pede uma cerveja. Na quebra do silêncio pergunta a ela qual ela gostaria de beber. Não, não tenho bebido mais cerveja. E aqueles porres de algum tempo atrás? Lembra ele sem dizer a ela. Ainda sendo gentil oferece um suco, o que acha? Pode ser este aqui. Não estava afim de um suco, mas não diria outro não. Uma Brahma e um suco, por favor.
Silêncio, cerveja e suco. Talvez construam nova 
                                                                        amizade.
Olá, tudo bem? Meu nome é...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

  • quando a vida passa a nos perguntar sobre o viver... é estranho estar com alguém que desiste de estar... considerar pra caramba aquele que deixou de ser bem-vindo...
    não sei se se trata de angústia, violência, medo... o que se tem é uma constante pergunta sobre o que se fez, sobretudo, quando se está absolutamente certo que não se deixou de nada fazer... de que outro modo poderia ter feito? poderia ter feito de outro modo? sinceramente, não se sabe... 
    o que se tem é um constante sentimento de que se foi violentado, de que confundiram a esperança que se insiste em ter no outro com ingenuidade tola... de que se foi violentado ao não se ter nenhum problema com o afastamento, ou quem sabe melhor, com o dejeto daquilo com o que, se se importou, foi apenas minimamente...
    o que se tem é um constante apavoramento, pavor, talvez mais que medo, de não saber o que fez e assim repetir o mesmo feito... de ter deixado amizades e outros sabores e agora sentir-se ainda mais sozinho, afinal aqui sim se sabe o que deixou de se fazer e de fazer: de aceitar convites e convidar, de falar de outra coisa que não fosse daquele alguém com quem lhe bastava estar, de abrir os olhos quando ainda uma nódoa que os perturba não estivesse neles... 
    e o que resta fazer? ou melhor, o que fazer com o que resta? não sei...

domingo, 11 de dezembro de 2011

Amor parece palavra fácil, que acontece num olhar repentino... se não amamos é bem provável que já lemos histórias de outros amores, ou ao menos vimos partes de novelas e filmes de que assim o retrata... sem nos esquecermos é claro dos manuais de auto-ajuda que hoje em dia estão na moda, antigamente talvez nos bastava o horóscopo...
Ainda bem que se trata de palavra pequena, porque deste tamanho já não é nada fácil, "briga perdoa perdoa briga", dissera Drummond. Poderão dizer que, da mesma forma dos manuais, ando aqui a normatizar o amor... ainda que se tratasse disso, duas coisas restam distintas: primeiro que essa toada só os que se amam entendem. Segundo, deixe os livros, filmes, novelas e manuais e vá conferir qual a toada do seu amor...

domingo, 27 de novembro de 2011

mentiras...

Afinal, 
não lhe amei, não lhe fui leal e companheiro,
não tivemos momentos que pudéssemos acreditar que seríamos felizes juntos,
e você se abriu para me amar e me disse eu te amo. 

Afinal,
palavras grossas foram as que mais usei,
mentiras, omissões muitas fiz e contei,
outros homens a mim deve buscar.

Afinal,
razões lhe dei para ter ciúmes (sem razão) de mim,
com outras mulheres estive a encontrar
um futuro em/nos outros é mesmo melhor que possibilidades concretas do/de presente.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ahhh... uma frase interessante no blog da menina má: "Menos sarcasmo, mais delicadeza. Ironia ao lado do romantismo." Que coisa boa por ler nestes dias... delicadeza... delicadeza... simples, mas não tão em voga... tão pouca em voga que raras aquelas que se importam com ela... nestes tempos tecnológicos mensagens de celular são usadas para dizer coisas sérias e toques de telefone não atendidos pretendem falar o que às vezes com delicadeza seria mais maduro... 

É menina má, que bom sinal de esperança ter puxado essa outra cadeira... quem sabe já é um começo para aquelas mulheres que também só fazem questão de lembrar das insatisfações com os homens que aparecem em seus caminhos... 

Sabe você que sempre fui pela defesa quixotesca dos recaminhos e pelo praticar das delicadezas... o que já pensava em mudar... porém, ao ler sua tentativa de outro olhar, resolvi dar mais um tempo para puxar outra cadeira aqui ao meu lado... para ocupá-la convidaria aquele que sempre insisti em deixar de lado, aquele a quem sempre dizia que não valia a pena assim viver: o conhecedor dos sarcasmos, da sedução barata e da usurpação do corpo feminino... 

domingo, 10 de julho de 2011

...

é... ando um tempo sem passar por aqui... pode ser que seja porque ando a colocar mais lenha no fogão, reavivando brasas... 
mas hoje escrevo por escutar alguém que diz não gostar de falar de si... diz não ser vergonha, que seja outro nome... como não falar de si cara leitora? como viver a vida sem de si falar? sim, deve haver modo, quem há de duvidar nesse mundo tão plural.... deve haver modo não só de si não falar, mas também de não falarem de ti... será esse o caminho da reserva? reserva, diz ser isso, e não vergonha... que seja cara leitora, mas, se um conselho quiser, ao acordar amanha não abra os olhos tão rápido, imagine alguns sons que lhe abram o sorriso, e ao se levantar e com os olhos enxergar alguém de quem goste somente diga sobre aquilo que lhe fez sorrir... nessa hora terá acabado de falar de si...